Carlo Ancelotti é a escolha certa para trazer o tão esperado hexa?
- digalafutebol
- 21 de jul. de 2023
- 3 min de leitura
A CBF age como se tivesse de mãos atadas na espera por um ano da vinda, incerta, de Ancelotti; mas há opções caseiras de qualidade
por Vitor L. Senna

A CBF anunciou dia 4 de julho a contratação de Fernando Diniz como novo treinador interino da Seleção Brasileira masculina enquanto o italiano Carlo Ancelotti não chega. Ainda treinador do Fluminense, Diniz dividirá as funções e terá contrato de um ano, que será válido a partir de setembro, quando começam as eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026.
Ao mesmo tempo que o presidente da CBF Ednaldo Rodrigues trata como certa a vinda de Ancelotti para comandar a Seleção Brasileira, o italiano tem contrato com o Real Madrid até junho de 2024, e vale ressaltar que ele não descarta uma possível extensão de vínculo com os Merengues. Caso não prolongue seu contrato com o clube, o treinador ficará livre no dia 1º de julho de 2024.
A abertura da Copa do Mundo de 2026 tem data prevista para 8 de junho de 2026, com isso a Seleção Brasileira teria um total de 707 dias, quase dois anos, com Ancelotti no comando antes da estreia no mundial.
Toda essa burocracia para ter o italiano no comando da Seleção e as diversas vezes que ele desmentiu sua vinda, como na coletiva de ontem afirmando que “nunca vou falar sobre o Brasil, sou técnico do Real Madrid e vou ficar” faz pensar se não haveria uma escolha caseira, igualmente eficiente e descomplicada para assumir o cargo.
Dorival Júnior ainda não estaria preparado para assumir a seleção brasileira?
Dorival tem passagens memoráveis em grandes times do país e com campanhas históricas, como no Santos (2009-2010), Flamengo (2022) e atualmente no São Paulo. No Tricolor, conseguiu o feito de ficar invicto nas primeiras onze partidas, tornando-se o primeiro treinador do time do Morumbi no século XXI a não perder nenhum dos seus primeiros dez jogos no comando da equipe.
Sua trajetória no clube paulista tem sido cada vez mais reverenciada pelo torcedor, já que o tricolor conseguiu uma classificação para a semifinal da Copa do Brasil, eliminando seu o rival Palmeiras com vitórias inquestionáveis no jogo de ida e volta. No Brasileirão, a equipe também empolga: está no G4 ocupando a 4ª posição, com 7 vitórias, 4 empates e 4 derrotas.
É certo dizer que Dorival Jr. encaixou como uma luva no time do São Paulo, e que as ótimas atuações da equipe e estilo de jogo poderiam lhe render um convite para o cargo de treinador da Seleção Brasileira. Por toda a história que ele acumula como treinador, ele naturalmente está no começo da fila entre os técnicos brasileiros para assumir a amarelinha.
Com táticas facilmente reconhecidas no nível mais alto do futebol internacional, o estilo de jogo do São Paulo de Dorival tem o time saindo para jogar sempre com três zagueiros, algumas vezes recuando o volante e tendo os alas sempre abertos para a possibilidade de uma rápida inversão de jogada.
Toques rápidos, movimentação na diagonal e povoamento dentro da área adversária têm sido jogadas fundamentais para o sucesso do Tricolor. Vale a reflexão de como isso poderia funcionar com uma oferta quase ilimitada de jogadores do mais alto nível técnico, como Vinicius Junior, Rodrygo, Lucas Paquetá e Neymar.
Mesmo seu nome não sendo lembrado muitas das vezes, Dorival teve um aproveitamento de 60%, além de sucesso e conquistas nas equipes que comandou.