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‘Bem triste’, ‘esquisito’ e ‘sacrifício’ para torcer: santistas contam como foi acompanhar o Santos em 2024

  • Foto do escritor: digalafutebol
    digalafutebol
  • 13 de nov. de 2024
  • 4 min de leitura

Emoções negativas rechearam o ano atípico e inédito do torcedor do Peixe por conta da passagem pela 2ª divisão do Brasileirão. O clube garantiu a volta à Série A após vencer o Coritiba pela 36ª rodada.


por Equipe Diga Lá





O Santos garantiu o retorno à 1ª divisão do Campeonato Brasileiro após vencer o Coritiba nesta segunda-feira (11), e com isso colocou um ponto final ao atípico 2024, um ano inédito para o torcedor do Peixe.


Claro que ainda há o título da Série B para disputar, mas a principal missão está cumprida. O momento para os santistas é de festa por conta do acesso, uma emoção diferente das sentidas ao longo do ano, em grande parte mais para o lado negativo.


Alguns torcedores do Peixe dividiram com o Diga Lá como foi a experiência de acompanhar o Santos neste ano inédito na história do clube – spoiler: não foi agradável.


Antonio Senna, 60 anos


Torcer para o Santos neste ano foi um sacrifício. Vou dizer por quê. Um time mal treinado, preguiçoso, um técnico preguiçoso, foi inacreditável de ver. O Carille era razoavelmente bom na defesa, mas nem na defesa ele estava conseguindo acertar. O Santos jogando uma vez por semana e os caras jogando sem vontade, sem garra, sem inspiração, parecia que estavam todos sem receber salário, um desânimo total, sem honrar a camisa do Santos. E outro detalhe, quando tinha jogo era uma tristeza, você via Santos perdendo para Operário, para Botafogo-SP, para Chapecoense, aí estraga o final de semana, vários finais de semana. O torcedor que é torcedor se sentia triste. (...) O Santos que eu vi jogar (...) colocava medo em todos os times do mundo. Então a gente espera uma melhora no ano que vem, tendo pelo menos um técnico digno de honrar essa camisa do nosso glorioso Santos eterno, o melhor time do todo o planeta.”



Diego Lacerda, 23 anos


“A minha relação com Santos pós-queda tem três etapas. A primeira é a assimilação do golpe, o rebaixamento é como se fosse um luto, aquela dor insuportável que nada cura, você aprende a conviver com essa mancha na história do clube. A segunda etapa é você assistir o time tendo que se adequar à nova realidade, como redução salarial, sair de Soteldo para Guilherme, de Jean Lucas para Giuliano etc. A terceira e mais duradoura etapa é ter que acompanhar a 2ª divisão, e aí você tem um calendário ruim, horários ruins de jogos, pouca torcida, e desmotivada, no estádio. Tudo isso impactou fortemente na minha vida. Eu admiro o santista que disser que continuou indo ao estádio e vendo os jogos com a mesma frequência, mas a verdade é que a maioria não conseguiu manter esse ritmo. Eu particularmente fui em poucos jogos esse ano, não assisti a todos os jogos na televisão, às vezes eu tinha condição de assistir, mas optava por não ver ou não via até o final. Eu nem sequer olhava a tabela do campeonato para saber quais eram os próximos três times que o Santos ia enfrentar, eu descobria nossos adversários só no dia do jogo. Foi um processo muito doloroso, difícil de suportar, mas o importante é que ninguém pulou do barco e a gente superou. Que a volta seja triunfante e que a chama da paixão da Nação Santista reacenda.”





Mariana Nerome, 24 anos


“Sou apaixonada pelo Santos e sempre acompanhei o time, sempre fui à Vila Belmiro, desde um ano de idade, e fiz vários amigos graças ao Santos. Mas este foi um ano atípico, um ano em que eu confesso que não acompanhei os jogos, não sei o resultado, não sei em que patamar o Santos está, não conheço jogadores que estão neste ano. Confesso que este ano foi um desafio, me senti muito desanimada para acompanhar o clube. O Paulistão eu até assisti, estava inteirada, mas no segundo semestre, ou a partir do momento que começou o Brasileirão, eu parei de assistir. Então, não vi nada, não sei nada. Foi bem triste.”



Vitor Muniz, 28 anos


Acompanhar o Santos jogar na Série B foi uma das experiências mais esquisitas que eu já tive. Ao mesmo tempo que o time estava sempre ali na parte de cima da tabela, o futebol era horrível. Então foram muitas e muitas rodadas com futebol péssimo, diferentemente do que o Santos tinha a capacidade de apresentar. Então isso é o que mais me pegou, porque apesar do Santos estar meio que numa vibe sem títulos há alguns anos, a gente via um futebol para frente, que é a identidade do Santos e o que a gente gostava de ver. Mas isso se perdeu com o Carille na Série B. Um time feio, sem criatividade, com pouco repertório técnico, ao mesmo tempo que o Carille é um cara totalmente limitado, taticamente falando, sem variação nenhuma, o que impossibilitava o Santos de criar alguma variação, de jogar um futebol bonito. E é isso que a gente espera na Série A, minha expectativa maior é voltar a me divertir assistindo o Santos, o que não aconteceu neste ano, e parar de assistir por uma obrigação bizarra.”





 
 
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