Eliminadas, surpresas e favoritas: saiba o que rolou até agora na Copa do Mundo

Oitavas começam neste sábado (5) e prometem confrontos equilibrados; confira destaques positivos e negativos até aqui

por Artur Alvarez

Foto: Reprodução/redes sociais

As oitavas de final da Copa do Mundo feminina começam neste sábado (5) com quebras de expectativas: há estreantes em mata-matas e ausências inesperadas, mas a certeza é que os confrontos serão emocionantes.

Com o final da fase de grupos na última quinta-feira (3), o Diga Lá fez um resumo do que aconteceu de mais importante para você ficar por dentro de tudo que rolou até agora na maior Copa feminina de todos os tempos:

África em ascensão

Pela primeira vez na história três seleções africanas se classificaram para as oitavas de final da Copa: Nigéria, África do Sul e Marrocos. As três podem ser consideradas, juntas, a surpresa da competição.

As nigerianas superaram um grupo duro, que tinha a Austrália e as campeãs olímpicas Canadá como favoritas. Além de ter segurado o ímpeto das canadenses na estreia, outro feito importante foi vencer as anfitriãs por 3x2 no segundo jogo com gol da estrela Asisat Oshoala, do Barcelona.

A África do Sul se classificou pelo Grupo G após vencer a Itália por 3x2. Seu grupo era parelho, apenas com a tradicional Suécia em um nível acima das demais. A campeã da Copa Africana disputou a segunda colocação com as italianas e as argentinas. Agora, vai enfrentar a atual vice-campeã Holanda nas oitavas.

Estreantes em Copas e primeira seleção árabe a participar do torneio, as meninas de Marrocos se reestruturaram após levar 6x0 da Alemanha na estreia: arrancaram dois 1x0 seguidos contra Coreia do Sul e Colômbia. Com a inesperada classificação, elas estão repetindo o feito da seleção masculina no Catar em 2022.

Decepcionou: Alemanha

A disputa para o posto de decepção da Copa é boa entre Canadá, Brasil e Alemanha, mas as europeias chamam mais atenção: além de estarem cotadas como uma das favoritas ao título, elas foram eliminadas na fase de grupos pela primeira vez na história. Após perder para a Colômbia, Popp e companhia dependiam apenas de si, uma simples vitória contra a Coreia do Sul bastaria, mas ficaram no empate em 1x1.

Esta é a terceira Copa do Mundo seguida, contando masculino e feminino, que a Alemanha é eliminada na fase de grupos.

E o Brasil?

Nossas meninas do Brasil chegaram dando esperanças de que poderíamos ir mais longe que na Copa de 2019, quando caímos para a França nas oitavas. Também havia uma expectativa de lutar pelo título para dar uma despedida digna à rainha Marta, maior jogadora da história eleita seis vezes melhor do mundo.

Apesar da empolgação, paramos na fase de grupos. Após golear o Panamá por 4x0 com show e perder para as francesas no segundo jogo, chegamos precisando da vitória contra a Jamaica, que não veio. O empate em 0x0 deu às jamaicanas a histórica classificação para o mata-mata com o 2º lugar no grupo F.

Marta foi inspiração para jogadoras brasileiras e de outros países. Foto: Reprodução/redes sociais

Desapontou: Estados Unidos

Mesmo classificadas para as oitavas, as meninas dos Estados Unidos não cumpriram as altas expectativas e deixaram a desejar. Elas venceram apenas um jogo na fase de grupos, contra o Vietnã. Além disso, elas ficaram a um detalhe de sofrer uma histórica eliminação na fase de grupos, com uma bola na trave para Portugal nos acréscimos do terceiro jogo. No final, conseguiram se classificar em 2º no Grupo E.

Em busca do tricampeonato seguido, a seleção está atravessando uma fase de passagem de bastão, com 14 estreantes dentre as 23 convocadas. No próximo jogo vão ter uma pedreira: enfrentam a Suécia, que tem jogado melhor nesta Copa, no domingo (6) às 6h.

Olho nas 100%

Suécia, Japão e Inglaterra venceram os três jogos da fase de grupos. Dessas, apenas as inglesas nunca foram campeãs. As outras duas são seleções tradicionais e estão retomando as atuações de qualidade que podem levá-las novamente ao topo.

Melhor ataque da Copa com 11 gols marcados e melhor defesa com zero sofridos, as japonesas surpreenderam ao aplicar goleadas na Zâmbia e na poderosa Espanha. Os 4x0 sobre as espanholas, inclusive, foi um dos jogos que mais surpreenderam nesta Copa até aqui.

Olho nelas

Algumas jogadoras vêm se destacando e no momento lideram a corrida pelo prêmio de melhor jogadora da Copa.

→ A estadunidense Sophia Smith, de 22 anos, tornou-se a segunda jogadora mais jovem a marcar mais de um gol pelos EUA em Copas. Ela é a artilheira da WMLS.

→ Linda Caicedo, de apenas 18 anos, é a líder da emergente Colômbia. Ela é dona de 2 gols e de diversos lances que desequilibrou a partida.

→ A australiana Sam Kerr, uma das melhores do mundo, pode estrear na Copa contra a Dinamarca e levar as anfitriãs ainda mais longe na competição.

→ A japonesa Hinata Miyazawa é artilheira com 4 gols e com o poderio ofensivo de sua seleção tem tudo para fazer mais.